Os programas de auditórios que ainda resistem na televisão têm algo mais irritante do que a falta de humor que os quadros tem, são as risadas comandadas pela produção quando são levantados cartazes onde estão escritos os comandos que os presentes irão executar, que no caso das risadas são lidos “risos”. Essas risadas que hoje parecem mais constantes, praticamente complementam cada piada sem graça que o humorista diz nos quadros, e você que está assistindo o programa fica tentando imaginar qual foi o motivo para tanto riso.
Na minha opinião, eu que cresci assistindo Os Trapalhões e vi muito Didi acompanhado de seus companheiros Dedé, Mussum e Zacharias, hoje ao ver o Programa do Didi, vejo que infelizmente o encanto dele sobre as pessoas deve se restringir somente às crianças pequenas, pois além de suas piadas serem totalmente previsíveis antes mesmo dele dize-las, as risadas surgem até mesmo em momentos sem nenhuma graça, o que torna irritante aos meus olhos e ouvidos.
Outro programa que se utiliza muito desse artifício é A Praça é Nossa, que conta com diversos personagens sem graça e também com piadas previsíveis que são seguidas das risadas praticamente iguais e inoportunas. Para os humoristas, talvez isso seja um consolo, já que para quem trabalha fazendo os outros rir não há nada mais frustrante que uma piada sem risos.
Todo programa de auditório tem em seus bastidores uma produção manipuladora e pessoas que para verem seus ídolos de perto aceitam ser comandadas como um animalzinho treinado para sentar, rolar ou dar a pata. Numa reportagem que achei na Internet todo este lado por trás das câmeras é revelado, e para quem tiver a curiosidade, indico o link para o texto "Macacas de Auditório".
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