Mas se para comprar ficou fácil, para alugar nada mudou, e ainda é muito complicado e caro se alugar um imóvel, embora tenham inventado o seguro fiança, é uma opção muito cara para quem não tem outra opção, tendo em vista que apenas uma seguradora trabalha com este produto e portanto cobra as taxas que lhe convier, sem sofrer nenhuma concorrência de outras companhias, e como todos sabem, o monopólio é sinônimo de preço alto.
Não entendo porque outras seguradoras ainda não partiram para conquistar uma fatia deste filão, pois hoje em dia conseguir um fiador é tão difícil e acredito que a maioria dos imóveis são alugados com garantia de seguro, e assim como já aconteceu em outros segmentos, a concorrência entre as seguradoras derrubaria bastante as taxas cobradas, assim como aconteceu na telefonia que há anos atrás se pagava um absurdo para se ter uma linha telefônica e hoje se consegue praticamente de graça.
A lei de inquilinato não deve dar muitas garantias legais ao locador para se exigir garantias tão caras, já que as garantias conhecidas envolvem valores e riscos bem altos. No caso de garantia fiador, o locatário tem que apresentar uma pessoa com imóvel devidamente legalizado para que em caso de não cumprimento de contrato o imóvel seja tomado em garantia. Isso é um absurdo, pois como se toma um imóvel de valor elevado para cobrir um custo muitas vezes menor que o débito sendo que há outras maneiras de se receber tais valores. Quanto ao seguro fiança, tomando como base um seguro de automóvel vamos ilustrar o custo alto absurdo, pois se um automóvel que tem como ônus diversos riscos como roubo, incêndio e colisão tem em média um prêmio mensal de 10 a 15% sobre o valor do auto, dependendo muito do perfil do segurado, enquanto um seguro fiança tem um custo de mais de 150% do valor do aluguel por ano, sendo que num contrato de 30 meses o custo do seguro fica em mais de 450% do valor mensal de um aluguel, haja vista que pela lei de inquilinato o locatário é despejado após apenas três meses de inadimplência.
Por tudo isso que mencionei o cidadão tem três opções, cria a maior cara de pau e pede para um amigo ou parente ser fiador dele e corre o risco de ouvir na maioria das vezes uma bela desculpa totalmente compreensível, junta uma grana boa para custear o seguro fiança anual que praticamente é um dinheiro jogado no ralo, ou a melhor delas que é financiar uma casa própria com menos burocracia, menos custo e com valor mensal menor do que um aluguel, coisa que há anos atrás era apenas um sonho e que agora é realidade. No meu caso que já tenho uma casa financiada e não moro nela, o jeito é juntar o dinheiro para jogar no ralo, pois nem adiantaria eu ter a cara de pau.
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