Imagine-se tomando uma decisão numa fração de segundo, e neste pouquíssimo tempo tivesse diversos fatores relevantes a tomada de sua decisão, como utilizar satisfatoriamente sua audição, visão central, visão periférica, aptidão física e concentração. Se imaginou tudo isso, deve ter passado em seu pensamento que você não é um árbitro ou um assistente de futebol e que não precisa se preocupar em conciliar tudo isso.
A televisão está criando diversos senhores da razão no segmento esportivo e mais especificamente comentaristas e cronistas que seguem o futebol, pois hoje eles podem comentar um erro do árbitro com plena convicção amparada pelos múltiplos replays de lances polêmicos, e mesmo assim se equivocam algumas vezes e se utilizam de parafernália eletrônica para o tira teima do lance.
Lembro que para se marcar um impedimento o assistente deve identificar um jogador adiantado no exato momento que a bola é lançada em sua direção, sendo que em algumas situações ele tem que usar a audição ou a visão periférica para detectar a batida na bola, observar a saída do zagueiro e a antecipação do atacante utilizando a visão central, contar com a aptidão física para estar com os reflexos em ordem e concentração para minimizar o tempo de frações de segundo que ele pode piscar, haja vista que um lance se passa num piscar de olhos.
Penso que a Fifa deva seguir o exemplo de alguns esportes que hoje se utilizam da tecnologia para dirimir dúvidas e evitar polêmicas, para que assim se deixe de desumanizar o árbitro e o assistente de futebol que errou onde só a precisão da tecnologia acertaria.
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