terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Compulsória, uma atitude correta

O governo estadual de SP ampliou ontem o programa de recuperação de dependentes químicos, iniciando a internação compulsória, e por incrível que pareça, algumas ONG's e também pessoas estão fazendo campanhas na internet recriminando esta nova medida. O que muita gente não sabe, e que foi muito bem dito numa entrevista por um ex-dependente totalmente recuperado, é que a maioria destes doentes se tornaram novamente pessoas que assim como uma criança, não podem tomar atitudes por si próprias, tamanha a devastação da droga em suas mentes, portanto, em muitos casos a internação não será por vontade própria, e segundo ele, essa foi sua salvação.

Só quem já teve um dependente químico na família sabe o que é constatar a mudança de comportamento e física do viciado. Parece até, que tais campanhas só podem estar partindo de traficantes, já que são os únicos que lucram com esse mal que assola a sociedade. Ninguém quer ver na sua porta, um grupo de viciados em crack, mas criticam a iniciativa do governo em remove-los e tentar recupera-los. Nem todos serão, e alguns certamente voltarão para essa vida maldita, mas não tomar nenhuma atitude estava sendo um erro. Uma frase representa isso: "Para que o mal prevaleça, basta que os bons não façam nada". E agora estão fazendo.

Claro que a guerra não será vencida, e as batalhas só serão, se forem atacados os inimigos e medicados os feridos. Ao invés de fazerem campanhas contra a internação compulsória, as pessoas devem compartilhar a informação e torcerem para que ao menos uma parcela destes doentes da droga sejam recuperados. São bons filhos que deixaram de se-los e bons pais que se perderam, enfim, pessoas que por uma pequena falha ou por um grande erro, experimentaram e se tornaram dependentes. São pais que começam a ver uma pequena chama de esperança, são filhos que podem começar a torcer por seus pais.

Todos que necessitam ou necessitaram, sabem que o custo de um tratamento numa clínica é uma utopia, e que uma mínima parcela das famílias vítimas das drogas podem custear, portanto, se o governo está arregaçando as mangas para auxiliá-los, não vamos fazer campanhas contra. Se não ajudam, por favor, não atrapalhem.

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