O tão insistente Reality Show voltou, mas agora acompanhado de campanhas nas redes sociais, onde uma parte pede a extinção e outros defendem a manutenção do programa. Democracia é assim, cada um opta e vence a maioria, não é? Pois bem, deve ser assim, mesmo que a escolha da maioria seja ruim. Uns pagam pela má escolha do outro que acredita ser sua a melhor escolha. Escolhemos governantes ruins, e todos pagam igualmente, até que um dia a maioria acerte e tenhamos bons prefeitos, governadores e principalmente um bom presidente.
Agora voltando ao reality show que me recuso a mencionar o nome, mas que todo mundo sabe, a democracia é um fator predominante do programa, pois é o povo que vota em quem deve continuar e quem deve deixar a tão famosa casa, assim como a democracia impera nas redes sociais pedindo que a casa feche ou que abra em nova temporada.
Casa? Aquilo está mais pra laboratório de pesquisa sobre comportamento humano onde se testa a moral, a sexualidade e alguns defeitos humanos como ganância, falsidade, arrogância, etc. As pessoas que lá entram, se transformam em vilões e são chamados de heróis. Por que heróis, Pedro Bial? Nos faça ver, nós que pedimos a extinção do programa, onde estão os atos heroicos do povinho que entra numa casa onde a mordomia e a baixaria imperam. Heróis são aquelas pessoas que trabalham duro para ganharem o seu pão nosso de cada dia e muitas vezes não têm tempo de pensar em intrigas. Claro que alguns desses heróis são os defensores da manutenção do programa e alguns deles até reúnem-se em família para ver as cobaias de laboratório na TV, e é por isso que a audiência mantém o programa na grade de programação.
O ponto de vista! Esse é o fator preponderante entre os que apoiam e os que pedem a extinção. Os que apoiam, alegam que é um programa de TV o qual pode ser mudado com o controle remoto e defendem seu poder de escolha. Os que criticam, alegam que o programa só traz prejuízo a moral e a educação, e é nesta parcela que eu me incluo. Para um adulto não passa de um passatempo, mas para uma criança, ouvir de Pedro Bial o adjetivo de herói para aquelas pessoas, vai fazê-las inverter os valores sobre a definição da palavra, e os pais que deveriam ser seus heróis são substituídos por personagens de um programa, seja conscientemente ou não, assim como os jovens deixam de ver em seus pais os seus melhores amigos e adotam eles fora de casa, muitas vezes com consequências graves como a droga, já que lhes serão melhores amigos quem lhes ofereça uma "viagem inesquecível", e isso é um fato.
Para finalizar, aos que defendem o programa, fica a seguinte mensagem... Qual a força da palavra de um pai ao dizer que sua filha não pode dormir com o namorado se ele é fã das pessoas que transam debaixo de edredons na televisão? Qual a força de uma educação que ensina sobre respeito e dignidade se quem lhe ensina é fã de pessoas que não se respeitam e se transformam em manipuladores em busca do dinheiro? Qual a força de bons exemplos dados dentro de casa contra maus exemplos dados sob os olhares dos próprios pais? Enfim, esse é o ponto de vista que nós críticos temos. Não sabemos porque vemos jovens piores para um mundo que desejamos seja melhor, mas podemos pelo menos imaginar, não é?
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