domingo, 27 de janeiro de 2013

Como diz o ditado


Depois que as vacas fogem é que arrumam o trinco da porteira. Esse ditado vale para muitas das tragédias que ocorrem em lugares públicos como a boate Kiss de Santa Maria e muitos outros, ou seja, depois delas é que se constatam irregularidades como falta de alvarás, não conformidade com normas de segurança, etc.
Quantas tragédias serão necessárias para que haja rigor na fiscalização de estabelecimentos públicos com grande capacidade? Ou será que a corrupção é que impera e a fiscalização fecha os olhos para as irregularidades? Isso também deve ser averiguado, e em todo lugar.

Quanto ao fato de Santa Maria, para terem morrido tanta gente, é de se pensar se havia saídas de emergência suficientes e se estavam em situação regular. Todos que frequentam casas noturnas sabem que nestes locais as únicas portas são as de entrada e saída, sendo que em alguns locais são a mesma, e as portas de emergência que devem existir, e desbloqueadas, pois devido a acústica, não há janelas, e toda ventilação vem de aparelhos de ar condicionado. Se as saídas de emergência estiverem irregulares, toda multidão é afunilada em caso de pânico, ocasionando mortes também por pisoteamento. Já se teve conhecimento de seguranças bloquearem pessoas pela porta principal para que não saíssem sem o pagamento do evento numa outra situação trágica que no momento não me recordo qual. Inadmissível!

Esperamos que as investigações não constatem irregularidades na casa noturna Kiss e que embora trágico, o acidente não tenha sido causado por irresponsabilidade de seus proprietários e consequente corrupção de fiscais. Já temos vários exemplos de mortes causadas por este motivo em outras tragédias e a impunidade se fez presente, portanto, que esse fato ocorrido em Santa Maria não desperte mais esse receio em nós, quando deixarmos que nossos filhos saiam para se divertir. Já temos muitos outros motivos para nos preocupar, e pensar que eles não estão seguros nestes locais onde deveriam ter o mínimo de segurança, só se os mantermos debaixo de nossas asas.

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