quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Mudanças na Lei Seca

Agora a tolerância é ZERO, e não é mais zero virgula cinco. Até o enxaguante bucal e os bombons de licores estão proibidos, pois qualquer sinal de álcool o bicho vai pegar. Para quem ainda não sabe, aquele papinho de só uma bicadinha na cerveja do amigo, não pode mais. Aquele cálice de vinho antes de dormir para ajudar nas artérias, já era, pois se precisar sair com o carro numa emergência, ferrou!

O incrível disso tudo é que o governo aperta o cidadão no que se refere a restrição, mas deixa correr solta na televisão, todo tipo de propaganda de cerveja, sejam com mulheres bonitas, lugares paradisíacos, etc. Então pergunto, como proibir o ato e permitir a tentação? Que a Lei Seca proíba as propagandas de cerveja então, pois são chatas, sem graça e sem criatividade nenhuma. A única coisa que fazem é mandar para nossos cérebros, mensagens subliminares que fazem alguns cidadãos, principalmente os jovens, acreditarem que com um copo de cerveja na mão, serão os bam-bam-bans.

Eu duvido que a partir desta nova medida, os bares terão suas mesas com menos garrafas de cerveja sobrepostas como troféus, que os baldes de alumínio das baladas venham com garrafas de água envoltas no gelo para serem misturadas aos energéticos. O consumidor de álcool não vai deixar de colocar uns míseros MLs no sangue, e não são estes que fazem um cidadão criminoso para serem tratados como tal. O que se deve é acabar com a impunidade do cidadão altamente alcoolizado, e talvez isso sim, coloque receio nas pessoas. O "playboizinho" que anda na noite com carro de centenas de milhares de dólares, não liga pra uma multa de dois mil reais, não liga se vai preso porque seu advogado o tirará da cadeia depois de algumas horas, mas são estes que tem sido causadores das tragédias com carros importados em alta velocidade pelas ruas e avenidas. Como sempre, o cidadão do povo é quem está pagando o pato.

Sou a favor da lei seca sim, mas contra os abusos. Não poderei nem tomar mais o meu meio copo de cerveja com minha mãe pra molhar a goela. É como comparar um ladrão de galinhas com um político corrupto que rouba os cofres públicos. O ladrão de galinhas fica preso enquanto o político sai por Habeas Corpus.

Casas noturnas fechadas

Comunicado iguais ao da foto acima, surgiram em diversas casas noturnas desde segunda-feira pós tragédia de Santa Maria no Rio Grande do Sul. Em várias reportagens nos jornais de hoje, o que se alegava é que os proprietários das casas noturnas estariam de portas fechadas durante esta semana em solidariedade aos mortos na Boate Kiss. Uma Ova! Estão de portas fechadas porque as três esferas de governo vão fungar no cangote deles, e por isso, estão fechados para se adequarem antes de serem enquadrados.

A grande maioria das casas noturnas de todos os pontos do Brasil, não estão de acordo com normas de segurança que agora serão cobradas a ferro e fogo, pelo menos enquanto não baixar a poeira, e por isso os proprietários estão com suas portas fechadas. Diversas tragédias já aconteceram em outros locais e ninguém  cobrava providências nas casas noturnas, e não seria a tragédia de Santa Maria que faria os gananciosos senhores da noite deixarem de visualizar os lucros pela segurança, assim como agora a fiscalização vai ser eficiente e certamente vai pausar um pouco aquele "da um jeitinho" com agrados financeiros.

Estes mesmos proprietários gastam rios de dinheiro com decoração de ambientes e seguranças trogloditas para evitarem brigas e prejuízos, mas nunca se vê bombeiros e sinalização dentro destas casas. As saídas são afuniladas para que se evite fuga de frequentadores sem o pagamento da comanda, e com isso as saídas de emergência são ignoradas. Agora eles vem falar de solidariedade. Uma ova!

domingo, 27 de janeiro de 2013

Como diz o ditado


Depois que as vacas fogem é que arrumam o trinco da porteira. Esse ditado vale para muitas das tragédias que ocorrem em lugares públicos como a boate Kiss de Santa Maria e muitos outros, ou seja, depois delas é que se constatam irregularidades como falta de alvarás, não conformidade com normas de segurança, etc.
Quantas tragédias serão necessárias para que haja rigor na fiscalização de estabelecimentos públicos com grande capacidade? Ou será que a corrupção é que impera e a fiscalização fecha os olhos para as irregularidades? Isso também deve ser averiguado, e em todo lugar.

Quanto ao fato de Santa Maria, para terem morrido tanta gente, é de se pensar se havia saídas de emergência suficientes e se estavam em situação regular. Todos que frequentam casas noturnas sabem que nestes locais as únicas portas são as de entrada e saída, sendo que em alguns locais são a mesma, e as portas de emergência que devem existir, e desbloqueadas, pois devido a acústica, não há janelas, e toda ventilação vem de aparelhos de ar condicionado. Se as saídas de emergência estiverem irregulares, toda multidão é afunilada em caso de pânico, ocasionando mortes também por pisoteamento. Já se teve conhecimento de seguranças bloquearem pessoas pela porta principal para que não saíssem sem o pagamento do evento numa outra situação trágica que no momento não me recordo qual. Inadmissível!

Esperamos que as investigações não constatem irregularidades na casa noturna Kiss e que embora trágico, o acidente não tenha sido causado por irresponsabilidade de seus proprietários e consequente corrupção de fiscais. Já temos vários exemplos de mortes causadas por este motivo em outras tragédias e a impunidade se fez presente, portanto, que esse fato ocorrido em Santa Maria não desperte mais esse receio em nós, quando deixarmos que nossos filhos saiam para se divertir. Já temos muitos outros motivos para nos preocupar, e pensar que eles não estão seguros nestes locais onde deveriam ter o mínimo de segurança, só se os mantermos debaixo de nossas asas.

Luto nacional por Santa Maria

Hoje o Brasil lamenta os mortos na tragédia que ocorreu na cidade de Santa Maria no Rio Grande do Sul, onde num incêndio numa casa noturna, mais de 230 pessoas morreram asfixiadas ou carbonizadas por volta das 2:30 deste domingo. Essa triste notícia fora divulgada nos principais jornais e plantões eram dados pelas emissoras a respeito da tragédia. O Brasil se solidariza com as famílias, e esperamos que as autoridades investiguem o que ocasionou o incêndio, desde alvarás de funcionamentos e responsabilidades.

Pois bem, o Brasil todo lamenta o trágico incêndio informado por telejornais e programas dominicais, mas o motivo deste texto é para discutir até quando a notícia é informação e a partir de que momento é busca pela audiência. Todos sabemos que tragédias e ocorrências policiais que envolvem mortos dá audiência aos programas que exploram a desgraça alheia, desde enchentes, incêndios, chacinas, acidentes com mortes, etc. Principalmente estes dois da foto que nem vou citar os nomes.



Até que ponto estes dois apresentadores se solidarizam com as famílias? Será que os pontos no Ibope valem mais do que a dor? É impressionante como estes dois pobres programas exploram a tragédia durante toda sua duração na grade, chegando a ser lastimável. Claro que a informação é necessária, mas é desnecessário num momento de perda trágica de uma pessoa, que os repórteres destes programinhas invadam a dor de parentes para uma entrevista exclusiva que aumente a audiência. Isso enfatizado através de gerador de caracteres e repetições de quem os apresenta. Penso que a partir da informação dada, já passa a ser exploração da dor alheia em busca da audiência, haja vista que em acidentes onde não há tragédias, as reportagens sempre são mais curtas, resumindo apenas a informação do fato.

Casos assim já foram explorados em filmes, onde em nome da audiência, repórteres buscam informações desnecessárias e alheias ao evento só para terem mais assunto em prol da exploração da tragédia. Jornalismo não é isso. A notícia não deve sobrepor a dor. Pena que existem pessoas que apreciam este tipo de programa e em nome da audiência tragédias geram menos solidariedade e mais pontos no Ibope.

Nossos pêsames às famílias que perderam parentes e amigos nesta trágica madrugada de domingo.

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Compulsória, uma atitude correta

O governo estadual de SP ampliou ontem o programa de recuperação de dependentes químicos, iniciando a internação compulsória, e por incrível que pareça, algumas ONG's e também pessoas estão fazendo campanhas na internet recriminando esta nova medida. O que muita gente não sabe, e que foi muito bem dito numa entrevista por um ex-dependente totalmente recuperado, é que a maioria destes doentes se tornaram novamente pessoas que assim como uma criança, não podem tomar atitudes por si próprias, tamanha a devastação da droga em suas mentes, portanto, em muitos casos a internação não será por vontade própria, e segundo ele, essa foi sua salvação.

Só quem já teve um dependente químico na família sabe o que é constatar a mudança de comportamento e física do viciado. Parece até, que tais campanhas só podem estar partindo de traficantes, já que são os únicos que lucram com esse mal que assola a sociedade. Ninguém quer ver na sua porta, um grupo de viciados em crack, mas criticam a iniciativa do governo em remove-los e tentar recupera-los. Nem todos serão, e alguns certamente voltarão para essa vida maldita, mas não tomar nenhuma atitude estava sendo um erro. Uma frase representa isso: "Para que o mal prevaleça, basta que os bons não façam nada". E agora estão fazendo.

Claro que a guerra não será vencida, e as batalhas só serão, se forem atacados os inimigos e medicados os feridos. Ao invés de fazerem campanhas contra a internação compulsória, as pessoas devem compartilhar a informação e torcerem para que ao menos uma parcela destes doentes da droga sejam recuperados. São bons filhos que deixaram de se-los e bons pais que se perderam, enfim, pessoas que por uma pequena falha ou por um grande erro, experimentaram e se tornaram dependentes. São pais que começam a ver uma pequena chama de esperança, são filhos que podem começar a torcer por seus pais.

Todos que necessitam ou necessitaram, sabem que o custo de um tratamento numa clínica é uma utopia, e que uma mínima parcela das famílias vítimas das drogas podem custear, portanto, se o governo está arregaçando as mangas para auxiliá-los, não vamos fazer campanhas contra. Se não ajudam, por favor, não atrapalhem.

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Só por sinal de fumaça

As operadoras de celular de São Paulo lideram o ranking de reclamações no PROCON. A notícia veiculada hoje em todos os jornais não é novidade nenhuma para nós, usuários de uma linha de qualquer operadora, seja Tim, Vivo, Claro, Oi e até mesmo a Nextel. Uma deficiência acobertada pelo governo federal e camuflada por comerciais frequentes em todos os canais de TV, com celebridades oferecendo facilidades.

Somos um país em desenvolvimento onde empresas de diversos segmentos se estabeleceram, incluindo-se as operadoras de celulares, Seja de origem estrangeira como a Vivo (antiga Telefônica, com matriz na Espanha),  a TIM (subsidiária de uma empresa italiana), a americana Nextel ou as nacionais Oi e Claro. Não importa como surgiram, mas sim, que todas tem problemas. As operadoras gastam fortunas com propagandas e não correspondem com investimentos. Vendem milhões de linhas por ano e não implantam antenas que possibilitem uma comunicação satisfatória, haja vista que em muitos lugares, sinal, só se for de fumaça.

A partir deste ano, receberemos eventos mundiais como a Copa das Confederações, a Copa do Mundo e a próxima Olimpíada. Serão milhões de turistas, milhares de profissionais de mídia, centenas de canais de televisão e a atenção do mundo. Imaginemos o caos da nossa telecomunicação com o acréscimo de tudo isso. Serão brasileiros não conseguindo falar com suas cidades, com seus estados e estrangeiros com seus países. Profissionais de primeiro mundo com limitações de segundo. E nada está sendo cobrado. As empresas não cumprem as metas estabelecidas para a concessão, e o governo não faz nada. As empresas pedem ampliação da possibilidade de número de linhas, e o governo libera tudo. Tudo muito estranho.

Crack, é possível vencer


Parece que agora o governo se deu conta que vale mais a pena recuperar um dependente químico do que vê-lo se tornar um provável marginal e ter que custeá-lo nos presídios que já estão superlotados. Temos visto com frequência na TV, ações de assistência aos dependentes que por vontade própria queiram se recuperar e deixar as drogas, e agora, parece que haverá ações de internação involuntária também. Pra quem não sabe, internação involuntária é aquela em que o dependente recusa e resiste ao tratamento e é internado "à força", sendo que em alguns casos até sob aplicação de sedativos.

É entristecedor ver nas ruas, jovens que foram destruídos pelas drogas, e cada vez mais cedo. São meninos e meninas que poderiam ter um futuro pela frente e acabam não vivendo nem seu presente. São encontrados em qualquer esquina movimentada, a céu aberto, acendendo seus cachimbos, ajeitando suas "fileirinhas" ou tragando seus baseados. Olhos vidrados, esqueléticos, fazendo qualquer coisa por alguns trocados que lhes renda uma pequena pedra, uma pequena porção de pó ou ainda um quinhão de erva. Uma tristeza incomensurável.

Se nossos governos gastassem na recuperação de dependentes, pelo menos uma parte do que gasta com a manutenção de marginais engaiolados, talvez pudéssemos ver nossas ruas um pouco menos tristes no que se refere a esse problema. Algumas pessoas passam desatentas e não ligam para aquilo que vêm, pois é um problema alheio, mas quando se sente esse problema tão perto de nós, quando perdemos um ente querido para os traficantes, passamos a olhar com outros olhos e imaginamos quanto futuro teria aquele jovem que limpa seu vidro com o "rodinho", caso ele não tivesse sido desgraçado pelas drogas. Talvez ele pudesse se tornar um médico, um engenheiro ou um empresário, mas naquela condição, certamente se tornará só um número na estatística de jovens destruídos por traficantes.

Tráfico é um crime hediondo, e não poderia ser diferente. Benditos os policiais que se dedicam a diminuir o tráfico e não se vendem aos traficantes, pois eles não sabem o quanto são heróis para nós que somos pais. Assim como os bombeiros salvam vidas, tirar uma parcela de drogas das ruas também salva. Uma guerra árdua e sem prazo pra acabar, mas que a cada dia surja um novo policial descente afim de continuar essa luta e que eles saibam que mesmo não vencendo a guerra, já lhes somos imensamente gratos por vencerem algumas batalhas.

A prevenção é o maior aliado para que nossos jovens não se percam nas drogas, portanto, qualquer diálogo será de suma importância, mesmo que em alguns casos ele não evite. Se for inevitável, a prevenção deve partir da ajuda como agora o governo começa a dar, prevenindo que um doente dependente se torne um marginal, e que esse marginal faça outras vítimas, e assim por diante.

domingo, 13 de janeiro de 2013

Falsos heróis

O tão insistente Reality Show voltou, mas agora acompanhado de campanhas nas redes sociais, onde uma parte pede a extinção e outros defendem a manutenção do programa. Democracia é assim, cada um opta e vence a maioria, não é? Pois bem, deve ser assim, mesmo que a escolha da maioria seja ruim. Uns pagam pela má escolha do outro que acredita ser sua a melhor escolha. Escolhemos governantes ruins, e todos pagam igualmente, até que um dia a maioria acerte e tenhamos bons prefeitos, governadores e principalmente um bom presidente.

Agora voltando ao reality show que me recuso a mencionar o nome, mas que todo mundo sabe, a democracia é um fator predominante do programa, pois é o povo que vota em quem deve continuar e quem deve deixar a tão famosa casa, assim como a democracia impera nas redes sociais pedindo que a casa feche  ou que abra em nova temporada.

Casa? Aquilo está mais pra laboratório de pesquisa sobre comportamento humano onde se testa a moral, a sexualidade e alguns defeitos humanos como ganância, falsidade, arrogância, etc. As pessoas que lá entram, se transformam em vilões e são chamados de heróis. Por que heróis, Pedro Bial? Nos faça ver, nós que pedimos a extinção do programa, onde estão os atos heroicos do povinho que entra numa casa onde a mordomia e a baixaria imperam. Heróis são aquelas pessoas que trabalham duro para ganharem o seu pão nosso de cada dia e muitas vezes não têm tempo de pensar em intrigas. Claro que alguns desses heróis são os defensores da manutenção do programa e alguns deles até reúnem-se em família para ver as cobaias de laboratório na TV, e é por isso que a audiência mantém o programa na grade de programação.

O ponto de vista! Esse é o fator preponderante entre os que apoiam e os que pedem a extinção. Os que apoiam, alegam que é um programa de TV o qual pode ser mudado com o controle remoto e defendem seu poder de escolha. Os que criticam, alegam que o programa só traz prejuízo a moral e a educação, e é nesta parcela que eu me incluo. Para um adulto não passa de um passatempo, mas para uma criança, ouvir de Pedro Bial o adjetivo de herói para aquelas pessoas, vai fazê-las inverter os valores sobre a definição da palavra, e os pais que deveriam ser seus heróis são substituídos por personagens de um programa, seja conscientemente ou não, assim como os jovens deixam de ver em seus pais os seus melhores amigos e adotam eles fora de casa, muitas vezes com consequências graves como a droga, já que lhes serão melhores amigos quem lhes ofereça uma "viagem inesquecível", e isso é um fato.

Para finalizar, aos que defendem o programa, fica a seguinte mensagem... Qual a força da palavra de um pai ao dizer que sua filha não pode dormir com o namorado se ele é fã das pessoas que transam debaixo de edredons na televisão? Qual a força de uma educação que ensina sobre respeito e dignidade se quem lhe ensina é fã de pessoas que não se respeitam e se transformam em manipuladores em busca do dinheiro? Qual a força de bons exemplos dados dentro de casa contra maus exemplos dados sob os olhares dos próprios pais? Enfim, esse é o ponto de vista que nós críticos temos. Não sabemos porque vemos jovens piores para um mundo que desejamos seja melhor, mas podemos pelo menos imaginar, não é?

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Pais ou apenas reprodutores

Ontem vi um vídeo aqui que me revoltou demais. Aliás, nem consegui ver até o final. Era um reprodutor batendo numa criança de uns 3 anos. No vídeo, ele dava tapas na cara do pequenino, o jogava no sofá, e enfim, batia de diversas maneiras e com vários objetos.

O vídeo estava sendo compartilhado numa rede social com o intuito de que o desgraçado (desculpem a palavra) fosse encontrado, porém, percebi pela fala que ele não era do Brasil, pois não me pareceu falar o português e por tão revoltado que fiquei, nem compartilhei, pois esse vai pagar é lá em cima com Deus.

Na verdade, fiquei mais que revoltado com o vídeo, pois além de revoltado fiquei inconformado, enojado, estático e me senti impotente, já que além do animalesco que batia no pequenino, alguém assistia o fato sem nada fazer, haja vista que alguém filmava todas as brutalidades sobre o pequenino, que também era assistido por outras 2 crianças bem pequenas. Aquilo além de ter um criminoso como protagonista, também tinha um cúmplice imbecil, ordinário e tão desgraçado quanto o agressor.

Levando-se em consideração o fato de que alguém agredia e outro fazia filmagens dessas agressões sem nada fazer, podemos pensar que o fato de poder gerar imagens para serem divulgadas na internet é talvez mais importante do que largar a câmera e estender a mão à alguém que esteja em apuros. Nessa situação, talvez tenha sido a própria reprodutora das crianças, mas em muitas situações já vistas na net, são estranhos que deixam de ser pessoas solidárias para serem desprezíveis cinegrafistas.

Espero sinceramente que o animal seja encontrado e torturado tanto quanto torturou o pequeno garoto que se aproximava dele com um medo de dar dó, sabendo ele que seria novamente espancado. Poucas vezes me senti impotente diante de algo, e nesse caso me senti. Um pequeno garoto era torturado por alguém que parecia ser o seu progenitor. Aquele que deveria protegê-lo o torturava, batia e o atirava. Que Deus proteja e dê sabedoria para aqueles que são verdadeiros pais, e para estes animais lhe dê o castigo que mereçam.

A laranja podre da Grande SP

Embora o nome da cidade seja grande e difícil de pronunciar, a cidade não tem nada de grandeza e falar sobre os problemas dela é muito fácil, já que são muitos. Desde que conheci a cidade, isso há 23 anos atrás, posso dizer que pouco mudou, aliás, pouco mudou, mas nada melhorou. Foram colocados alguns semáforos, alguns radares de velocidade nas duas principais avenidas, a praça conseguiu um posto da polícia militar, chegaram algumas lojas grandes, duas de fast-food, e uma passagem subterrânea logo na entrada da cidade que facilita pra vem vai para as cidades vizinhas como Poá e Suzano, que são bem melhores.

A cidade tem 81,8 km2, como está documentado no Wikipédia, e pode-se dizer que boa parte dessa área pertence a um extrator de areia que fica localizado perto da entrada da cidade, ou seja, um local de extração de areia, que não gera empregos para a cidade e extrai dela "riquezas". Quem olha de cima, enxerga uma grande área desértica muito maior que bairros inteiros da cidade. Uma verdadeira Serra Pelada bem próxima de São Paulo e no coração do município.

Se isso não bastasse, a cidade é devastada por prefeitos que não se preocupam com seus eleitores e só se candidatam para enriquecimento próprio, haja vista que cidadãos do povo são eleitos como simples comerciantes e no decorrer de seus mandatos se tornam poderosos e ricos na cidade, como é de conhecimento dos moradores de lá. O único hospital da cidade, pertence ao governo estadual e oferece precariedade de atendimento como qualquer outro, forçando os moradores a procurarem atendimento médico nas cidades vizinhas, assim como há desde agosto de 2012 falta de pagamento aos médicos. As escolas municipais, agora em véspera de eleições nos municípios, tiveram redução de quadro funcional e alguns daqueles funcionários que permaneceram tiveram redução de salários e atrasos de pagamento. E pasmem, os alunos tiveram redução de 2 horas no período de aula porque não havia merenda escolar nas escolas do município.

A cidade de Itaquaquecetuba, cujo nome vem do tupi e era proveniente de sua primeira forma, taquaquicê-tuba,  cujo significado completo é "lugar abundante de taquaras cortantes como facas", poderia ter outro significado agora, como por exemplo "lugar abundante de roubalheiras constantes que faz da cidade que poderia ser um agradável lugar, a pior dentre os municípios que compreendem a Grande SP, sendo a laranja podre do saco. Isso com 452 anos de existência.

Talvez o que falta, seja chamar a atenção para a roubalheira que existe nos cofres públicos, onde um extrator de areia é o cidadão mais poderoso da cidade, onde prefeitos entram como cidadão do povo e ficam ricos, onde o povo sofre os mesmos problemas de outros municípios, mas sem poder ver os benefícios e as melhorias em sua cidade como os moradores de cidades vizinhas, onde as únicas implantações são de radares que visam mais a arrecadação do que a segurança de seus munícipes. Uma cidade que arrecada de ISS os mesmos 5% que São Paulo e não tem investimentos em si mesma, merece um olhar minucioso sobre seus cofres. Mandem as televisões pra lá, já que quanto ao poder público, eles têm "peixes" maiores para se preocuparem e esse mal se estabeleceu em todos os lugares. Afinal de contas, se não temos terremotos, furacões, tsunamis, vulcões e etc, temos corruptos suficientes para nosso castigo.

segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Que surjam outros Joaquins Barbosas

Nasci na época da ditadura, desde Castelo Branco, Costa e Silva, Garrastazu Médici, Ernesto Geisel até João Batista Figueiredo. Embora eu tenha vivido a minha infância e adolescência nesse período, não lembro de nada sobre a política do meu país naquela época, mesmo tendo eu, me tornado maior de idade, e já tivesse, se pudesse, idade pra me tornar eleitor. Em 1985, quando eu já tinha 21 anos, houve a tão famosa Diretas Já, que eu só tomei conhecimento pela televisão, e um certo cidadão mineiro de São João Del Rei, de nome Tancredo Neves, pôs fim a ditadura e se tornou o novo presidente civil de nosso abençoado país.

Viria depois a tão falada democracia! Poderíamos escolher nosso presidente, e quem pensava, acreditava que as coisas iam melhorar. E será que melhorou? Escolhemos sim nosso presidente, ele escolhe seus ministros. Escolhemos nossos representantes no senado, no congresso, e eles praticamente mandam no nosso país. O presidente, é na verdade um marionete nas mãos da politicagem destas duas casas, pois se não houver conchavos, não existirá presidente que presida.

Nos últimos anos, Lula governou o Brasil e o colocou em destaque no mundo, e agora a Dilma discretamente continua os ensinamentos dele e prepara terreno pra quem sabe, ele voltar. Claro que ele quer voltar, mesmo tendo visto uma enxurrada de denúncias do mensalão, que parece, ele escapará ileso. Seus correligionários também. Tanto que um deles já foi praticamente eleito pelo povo novamente. O mesmo povo que pedia a democracia, que não sabe votar, que tem memória curta e que não está nem aí com os safados que coloca para os representarem, assim como não os tira de lá.

Sempre houve sacanagem no governo, e o mensalão só veio à tona porque os conchavos tomaram rumos diferentes lá dentro e alguém se sentiu  prejudicado, senão continuaria como sempre foi, ou seja, cada um levando sua parte e todos mamando na teta que ninguém quer largar. Pra isso pediram naquela época as DIRETAS JÁ? Por isso assassinaram Tancredo Neves e contaram outra história para o povo que não o elegeu, mas que comemorou sua vitória? Talvez não vivamos pior do que em período de ditadura, pois só nos pais e avós podem saber, mas certamente, viver sob as manipulações políticas das duas casas está por testar a nossa paciência. Que surjam outros Joaquins Barbosas e que Deus o proteja.