terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Sou da terra de Ronaldo Fenômeno


Não sou antigo a ponto de ter visto Pelé jogar, mas ouvimos sobre seus feitos até hoje. Desde os lances geniais dentro de campo até feitos como ter parado uma guerra e ter se tornado o homem mais conhecido do planeta.

Eu presenciei através da TV, corridas sensacionais de Ayrton Senna, e minha faixa etária teve o privilégio de ter visto seu primeiro ídolo além de nossos pais, e justamente quando perdemos ele um outro despontava. Em maio de 94 morreu Ayrton, e em junho do mesmo ano Ronaldo começava a sentir algo que pra ele se tornaria costumeiro, vitórias.

Não vimos muito de Ronaldo em campos brasileiros e foi também em gramados estrangeiros que ele teve suas maiores conquistas e seus maiores pesadelos. Foi jogando pela Inter de Milão e depois pelo Milan que o craque sofreu suas piores contusões que lhe privaram por quase quatro anos dos gramados e nos privaram de ver seus espetáculos. Parece que o território italiano não lhe trouxera muita sorte, mas mesmo assim tivemos Ronaldo em terras tupiniquins por pouco mais de um ano, e novamente encantando com seus gols.

Alguns torcedores não souberam cultivar a magia que um ídolo proporciona aos seus fãs e infelizmente viam na figura de Ronaldo a camisa que ele vestia e não a imagem que seus feitos lhe valeram. Algumas pessoas o criticavam por atitudes de ser humano e davam ênfase ao que a grande maioria das pessoas faz e que achavam que ele não podia fazer, ou seja, errar. Ronaldo "pisou na bola" algumas vezes, mas foi exemplo de persistência e luta contra adversidades, assim como de humildade e humanidade. Agora ele deixou aquilo que o tornava ídolo e se tornou um cidadão. Então, que o deixem sossegado agora, ele já fez muito e ainda vai fazer. Que fiquem em nossas lembranças os lances e feitos do Fenômeno, pelo menos até que nos surja outro ídolo e que saibamos respeitá-lo.

Para quem não avalia a extensão da figura de Ronaldo, cito uma frase que vi hoje numa homenagem a ele no Globo Esporte por Tiago Leifert que dizia: "Se um correspondente de guerra for capturado por terroristas, ele não vai dizer que é brasileiro, e sim que é da terra de Pelé, Ayrton Senna e Ronaldo Fenômeno", os cidadãos brasileiros do mundo.

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