quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Indulto de Natal

Neste final de ano, mais uma vez, milhares de detentos estão sendo liberados para passar o Natal com a família. Para alguns é justo, pois nas cadeias existem sim, pessoas que merecem uma segunda chance e estão lá porque talvez cometeram apenas algum pequeno deslize. Por outro lado, é a chance de verdadeiros bandidos que estratégicamente se comportaram durante um ano inteiro, serem soltos para não mais retornarem até que sejam caçados.

Para nós cidadãos, nos resta dobrar a atenção para que não sejamos vítimas destes beneficiados pelo nosso sistema prisional, que embora esteja se precavendo colocando coleiras com o intuito de não perderem os verdadeiros marginais de vista, isto não nos garante que não cometerão crimes até que seja notada sua ausência nos presídios, o que ocorrerá somente após as festividades de final de ano. Enquanto isso, alguns pais passarão o natal sem seus filhos que foram contaminados pelas drogas, sem a preocupação do governo em recuperá-los como se preocupa com a bandidagem nas cadeias.

Está na hora do governo começar a criar clínicas públicas de recuperação, haja vista que a cada dia novas crianças e adolescentes são aliciados, e essa triste estatística engrossa outra que é a de possíveis futuros detentos. Talvez se houvesse um cuidado nesta fase, teríamos no futuro, não um indulto para presos retornarem a seus lares para festejarem, teríamos na verdade, pais festejando o retorno de seus filhos.

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

O Papai Noel é meu pai vestido!!!

O Natal chegou? Nossa, nem percebi!!! Onde estão as decorações? Pois é, senhores leitores, o Natal morreu, e tudo culpa do comércio desvairado que implodiu a fantasia do bom velhinho em prol do aumento de vendas. Hoje a data virou mais do que nunca, pura data para que as lojas vendam mais, independente dos meios utilizados.

Os shoppings tornaram a data uma disputa entre eles para ver quem gasta mais com decoração e consegue atrair mais consumidores, e hoje, decoração de Natal, só dentro deles. As ruas estão como sempre, frias e com pessoas indiferentes que pouco absorvem do espírito natalino. Locais decorados, só os patrocinados pelo comércio matador de fantasias, sejam elas do Papai Noel e no meio do ano, o coelhinho da Páscoa. Ou será que algum pai ainda faz rastros de capim para que os filhos pensem que foi o dentuço que deixou?

No meu tempo de criança, não se viam papais noéis na televisão e tampouco na entrega dos presentes. Eles eram uma ilusão mágica, pois mesmo sem nunca termos visto acreditávamos que ele existia. Nossa ilusão era baseada em nossos pais nos fazerem olhar para o céu escuro - após a meia noite e depois de colocados sorrateiramente os presentes sob a árvore - para tentarmos ver o trenó do bom velhinho cruzando a noite na entrega dos brinquedos. Hoje, papais noéis aparecem na televisão como capim no campo, e contrariando o dito popular "só acredito vendo", por tanto serem vistos ficaram desacreditados.

As vezes me pergunto qual infância seria mais feliz nas lembranças... As minhas com minhas ilusões, brincadeiras de rua, brinquedos improvisados, baratos e sem personagens, ou a de meus filhos, com brinquedos que os iludem de na TV serem de um jeito e nas mãos deles não terem o encanto que achavam ter, com a tecnologia de os tornarem sedentários e verdadeiros "Nerds" e por fim, com as ilusões implodidas pela televisão. Acredito que os mais velhos como eu, não trocariam nossa infância pela deles.

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

De novo as chuvas e enchentes de verão

Que as chuvas de verão são comuns todo cidadão sabe, mas será que alguém imagina o quanto ainda poderá chover? Pois é, a cidade de São Paulo e muitas outras do país estão sofrendo com o excesso de água que vem caindo do céu, e a cada nuvem negra é um martírio para quem mora perto de córregos ou ruas com risco de alagamento, o que hoje em dia é muito comum, haja vista que a cidade não tem mais por onde escoar tanta água e a própria população é um colaborador para este caos, e isso é comprovado a cada enchente, basta ver quanto lixo bóia nas enxurradas que mais parecem rios urbanos.

Não adianta nós cidadãos culparmos os poderes públicos quanto a isso se não tivermos consciência de que todo lixo jogado nas calçadas vai entupir as bocas de lobo e bueiros da cidade. Não adianta reclamarmos dos poderes públicos se ao construir uma casa ocupamos toda área do terreno com pisos e pedras sem deixarmos um pedaço de terra para sugar a água e tornamos a cidade impermeável. Devemos entender que a natureza é poderosa, e que nas últimas chuvas não há nada que possa ser feito além de pedirmos ao céu que a chuva cesse, uma vez que as chuvas estão além da capacidade de escoamento, o que está causando também o caos nas represas e em breve forçará os responsáveis a tomar medidas de emergência liberando a abertura de compotas para escoamento do excesso, e isso certamente causará inundações de cidades ribeirinhas inteiras.

A imagem acima é simplesmente apavorante e está se tornando muito comum nos dias de hoje, e todo cidadão que sai à rua corre o risco de se deparar com uma situação dessas, ou seja, ruas que viram rios, carros e casas submersas, lixo boiando e gente perdendo tudo. Vamos cobrar sim, mas também vamos fazer a nossa parte.

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Vamos falar de títulos nacionais!!!

Para que fique bem claro, sou corintiano, e não é por isso que escrevo sobre este tema, e tampouco minha intenção é menosprezar as conquistas de times adversários. Escrevo apenas para reflexão dos torcedores fanáticos que fazem do futebol motivo de gozações em alguns momentos acima dos limites, ultrapassando o aceitável como rivalidade sadia.

Pois bem, hoje, o Internacional (RS) perdeu para um time do Congo e foi desclassificado do torneio rotulado como mundial interclubes, onde os campeões continentais se enfrentam para qualificar o melhor clube do mundo. Pura balela que começou com um torneio patrocinado por uma indústria automobilística onde eram confrontados o campeão da Europa e das Américas em um único jogo. Em 2000 houve o torneio da FIFA o qual o meu Corinthians foi campeão nos moldes do campeonato atual, e até hoje todo mundo diz que não valeu nada. E não vale mesmo, assim como não valem nada os títulos dos outros times que talvez em uma partida mais inspirada, ou menos inspirada, tiveram seus trabalhos avaliados por aquele fatídico jogo.

Senhores torcedores fanáticos do futebol... Por que valorizar mais uma partida do que um semestre inteiro de trabalho? Por que dar mais valor a um título em Abu Dhabi, onde se compra futebol com petrodólares, do que um título no país do futebol? Por que teria mais valor o título do Inter (se fosse o campeão) ao invés do suado título do Fluminense conquistado durante 38 partidas e durante seis longos meses? Isso é coisa de torcedor de time que tem isso no currículo, mas é a mesma coisa que o dinheiro ganho numa loteria e o dinheiro ganho com trabalho. Qual deles teria mais valor? Repito aqui que este texto não reflete despeito de corintiano, pois menosprezo o título de 2000 e valorizo mais a quatro estrelinhas acima do nosso escudo e abaixo da outra que não vale nada. Penso que as 4 deveriam estar sobre a outra solitária.

O Santos tem dois mundiais conquistados com Pelé. Com Pelé não vale, ele era de outro mundo como dizem quem o viu jogar. O São Paulo tem 3 mundiais e é Hexa do Brasileiro. Parabéns ao São Paulo pelo hexa e lamento que tenham se iludido com os 3 mundias da Toyota. O Palmeiras não tem nenhum mundial. E daí? Agora a CBF reconheceu que eles tem 8 campeonatos na terra do futebol onde o título é suado como o dinheiro fruto do trabalho. Não é despeito de corintiano... Mas é como o cidadão que tem uma mulher loira e diz que são melhores que as morenas. Não são. São apenas pra quem acha que o que ele conquistou é melhor. Então torcedores... Vamos começar a contar quantas morenas cada um tem e daí se vangloriar de verdade, ou seja, vamos começar a tripudiar sobre os adversários contando o número de conquistas nacionais onde temos o melhor campeonato do mundo.

Você acha que um cidadão que ficou milionário porque teve a sorte num determinado dia é melhor do que você que sua camisa trabalhando 365 dias por ano? Será que você consideraria uma mulher paga que dá uma noite de prazer intensa mais valiosa do que aquela que você demorou a conquistar? Acho melhor revermos nossos conceitos sobre futebol.