Neste dia 07 de Abril de 2011, presenciamos pelos noticiários, uma notícia de massacre sangrento nos moldes dos já vistos várias vezes nos Estados Unidos. Naquele país, onde muitos cidadãos são portadores legais de armas, vários casos de pessoas que inexplicavelmente entram em locais públicos atirando a ermo já aconteceram. Aqui no Brasil, isso ainda é novidade entre as modalidades de crimes. Tivemos há anos atrás um jovem que entrou no cinema com uma submetralhadora e disparou em direção ao público que assistia o filme, e acredito tenha sido o primeiro caso. Nos Estados Unidos, onde isso já se tornou costumeiro, as autoridades estão começando a intensificar a vigilância no intuito de prevenir massacres como o de Realengo.
Aqui no Brasil, as emissoras estão dando enorme ênfase ao massacre, assim como quando as tragédias são em outros países. Crianças dando entrevistas e reprises das filmagens a todo instante. Uma menina, no dia da tragédia, aparecia sendo entrevistada por diversas emissoras diferentes, isso pra uma menina entre 10 e 12 anos, que havia passado por uma experiência traumática que levará para o resto da vida. E pra que? Será que enfatizando tragédias como esta, não estamos estimulando que outros psicopatas façam o mesmo? Quem já viu seriados sobre assassinos em série, já deve ter visto que estes psicopatas fazem discípulos e seguidores que vêem seus feitos como exemplos. Isto não acontece somente na ficção, vem para a vida real também.
Ao meu ver, claro que deve-se noticiar tudo, mas penso que não se deve massificar em nome da audiência para que não se incentive possíveis maníacos dispostos a cometer crimes em virtude da exposição. E digo que é em prol de audiência embasado no fato de que enquanto não houver outro crime notório, esse fato é amplamente explorado, mas assim que outro surge, é suplantado e esquecido, sendo somente lembrado pelos parentes e amigos das vítimas destas tragédias. Lembro o caso do goleiro Bruno que foi suplantado pelo caso do advogado que jogou a noiva na represa e assim por diante.
Que este tipo de crime não se torne habitual como nos Estados Unidos, e por isso digo que não devemos incentivar psicopatas com a super exposição na mídia. Imagine que um potencial criminoso veja na ideia de entrar numa escola matando diversas pessoas a oportunidade de exposição para o mundo. Será que minha mente é fantasiosa?
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