domingo, 8 de maio de 2011

Entre a cruz e a espada

Se você é proprietário de um carro Flex, azar o seu, pois atualmente você está entre a cruz e a espada, está sendo roubado por dois gatilhos, toda papagaiada que o Governo dizia sobre a vantagem de ter um carro que pudesse também ser abastecido por Etanol não te traz mais vantagem nenhuma e você só pagou mais caro na hora da compra. O que é pior, duvido que agora essa situação irá mudar.

Atualmente, os proprietários de carros Flex estão abastecendo seus veículos com gasolina devido ao aumento absurdo que o Etanol teve nos últimos meses, que é justificado pelo excesso de chuva nas lavouras de cana, quando na verdade o motivo é o aquecimento nas exportações de açúcar, e como o mercado dita os preços... o aumento de procura aumenta os preços, e sendo assim, se você quiser abastecer seu veículo com um produto 100% brasileiro, vai ter que pagar em torno de R$ 2,00 o litro, ou caso tenha a opção do Flex, poderá escolher abastecer com um produto produzido num país auto-sustentável e pagar em torno de R$ 2,40 o litro, e isso porque na Venezuela, que também é produtora de petróleo, custa R$ 0,09, com ditadura e tudo.

Nós sabemos que o alto custo da gasolina se deve em parte aos altos impostos cobrados pelo governo e já convivemos com esse roubo há muitos anos, mas o que não dá pra engolir é o aumento absurdo que o Etanol teve e a conivência do Governo com os produtores de cana de açúcar que estão ficando mais ricos produzindo a mesma quantidade, ou seja, praticamente dobraram os preços para o mercado interno devido ao aumento de exportações de açúcar e ninguém faz nada.

Pois é brasileiros e brasileiras, mais uma vez estamos a deriva, e como eu afirmei no início do texto, eu duvido que essa situação irá mudar, pois agora mesmo com recorde de safra haverão recordes de exportações, e como o Governo não estabelece uma regra para que se priorize o mercado interno, é bem capaz que tenhamos que importar Etanol de algum país enquanto o nosso está sendo usado em países de primeiro mundo. Já vimos esta história com o petróleo, não é?

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