Há dias temos visto, principalmente no jornalismo da Record, reportagens diversas sobre uma farsante que desfilava uma barriga enorme que supunha-se carregar quadrigêmeos. Pois bem, a notoriedade da notícia devia-se pelo tamanho absurdo de uma barriga de gestação, pelo fato que a falsa fecundação dos quadrigêmeos era dita como natural, assim como pelo espanto de ver uma mulher suportar o peso da falsa barriga como se não tivesse peso extra em seu corpo. Por tudo isso, essa mulher foi notícia e passou a ser rotulada como "a super mãe", mas que super mãe nada, uma super charlatona.
Em virtude dos fatos, podemos considerar que a televisão endeusa uma pessoa quando quer e destrói quando deseja, e que o jornalismo sensacionalista não se preocupa com a veracidade dos fatos se o fato é boa notícia. Vimos intensamente matérias ditas exclusivas no jornalismo da Record sobre a falsa grávida, onde foram mostradas imagens da farsante caminhando ao lado do marido, o quarto das falsas Marias - seriam os nomes das crianças - e até uma ultrassonografia 3D onde mostrava quatro crianças num mesmo plano de imagem. Tudo farsa e tudo falso, pois na verdade, as quatro imagens da ultrassonografia são de uma mesma criança e a barriga não existe! Agora pergunto... Como um jornalista e sua redação não perceberam?
É ciente que na edição de imagens só se manda para o ar aquilo que desejam, e assim fica fácil manipular e ludibriar a opinião pública, mas o que se questiona é sobre a apuração de informação verídica no jornalismo, pois a suposta gravidez era suspeita pelos fatos mencionados acima, foram entrevistadas diversas pessoas do círculo familiar e de amizade do casal e a farsa só foi desmascarada pela verdadeira mãe, dona do ultrassom, que havia publicado o mesmo em seu blog. Sendo assim, como a reportagem com a imagem em mãos e a centímetros da falsa barriga, não constatou a falsidade. Belo jornalismo sensacionalista!
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