sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

Saídão para presos

Soltar alguém que está preso durante todo um ano pra passar festividades é como soltar um pássaro que está preso na gaiola e deixar a portinhola aberta esperando ele voltar. Os que voltarem é porque estão domesticados, mas os selvagens baterão asas e darão adeus. O mesmo vale para os presos, os que merecem uma segunda chance voltarão pra terminar suas penas, mas os bandidos, adeus e que a polícia os prendam de novo pra que no ano seguinte tudo se repita e assim por diante. O "saidão", como é conhecido, chega a ser tão absurdo que é possível se ver a justiça liberar uma Suzana Richthofen pra comemorar dia dos pais ou das mães. Talvez ela comemore o feito de ter matado seus pais.

Em contrapartida, enquanto presos são soltos a população mais se confina dentro de casa com receio do aumento da bandidagem nas ruas nestas datas. A polícia volta a rever antigos "conhecidos" que lhes deram muito trabalho pra prender e que estão soltos de novo. Mas o que se dizer de um país onde as leis são criadas e mantidas por políticos que muitas vezes têm a ficha corrida mais intensa do que alguns desses presos libertados? Só podemos comentar, pois é um direito constitucional deles e que os políticos não discutem até porque um dia poderão ser beneficiados, assim como não temem porque andam com carros blindados, seguranças, etc. O que os políticos discutem são assuntos que vão em desfavor do cidadão honesto, já que pra estes muitos destes assuntos não lhe diz respeito, como desarmar o cidadão do bem, por exemplo.

Voltando ao tema, as saídas temporárias que tem a finalidade de ressocializar os presos através do convívio com a família, muitas vezes não tem bons olhos nem dessas famílias. Claro quem nem todos os casos, mas há situações de famílias em que a prisão desse membro foi a libertação dos outros e que nessas saídas a situação se reverte, ou seja, a libertação do preso é a prisão da família que pode se ver novamente sob risco. Talvez se essas saídas tivessem critérios rígidos de seleção pra serem concedidas, tudo bem, mas se concederam para Suzana Richthofen, certamente não obedecem critérios e sim interesses. Com tudo isso, o que o cidadão de bem espera é que consiga passar por mais estas datas sem serem vítimas e se tornarem mais uma na ficha corrida destes beneficiados pelo saídão e que alguns destes marginais não precisem mais voltar pra cadeia e sejam encaminhados para o inferno.

sexta-feira, 2 de dezembro de 2016

Agora é tu, Renan

O presidente do senado Renan Calheiros está com os dias contados pelo menos na presidência e consequentemente na sucessão presidencial. Mexeu com os juízes do STF e agora o que há contra ele, vai andar e sair das gavetas. Assim como aconteceu com o Eduardo Cunha que adiou o quanto pode o impeachment da Dilma em troca do acobertamento dele. Ou será que foi coincidência que após a abertura do impeachment ele foi enxotado do poder? Nããããão! Ou será que é coincidência que ao mexer com juízes, após 9 anos o Renan Calheiros esteja sob ameça de perder o poder? Nããããão! Acabou o toma-lá-dá-cá e está aberta a guerra que antes foi entre o legislativo e o executivo e agora é entre o legislativo e o judiciário.

Não penso que a possibilidade de criminalização de juízes vá atingir os juízes que trabalham dentro da lei que eles são mantenedores, principalmente que vá afetar a operação Lavajato, já que pelo que leio, o Juiz Sergio Moro e sua extraordinária liga da justiça, são meticulosos em executar suas ações contra a corrupção dentro da lei, então não devem temer. Também penso que não se pode deixar juízes que abusam de suas posições acima de tudo e todos. Até entre eles há os mocinhos e os nem tanto, assim como onipotente é só Deus.

Na primeira batalha caíram Dilma, Lula e Cunha. Nessa agora, está prestes a cair Calheiros. Quem sabe até o Temer. Vamos esperar pra ver quem vai ganhar o cabo de guerra. Com certeza, o Brasil ganha.