segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Formigueiro não! Pessoas voltando pra casa

Olhando para esta foto que mais parece um formigueiro, tente calcular quantas composições do Metrô um cidadão tem que esperar para que ele consiga entrar num dos vagões que certamente já não cabe mais ninguém. Esse é o nosso Metrô de São Paulo, estação Praça da Sé, horário de pico das 17 horas, sentido zona leste, uma das mais povoadas da cidade. Atente-se ao fato que temos um dos melhores serviços do mundo, com trens novos, estações sinalizadas e limpas, mas com uma população em movimento, além do que a cidade comporta para o horário, seja para os meios de transporte, ruas, avenidas, serviços de ônibus e trens.

Trafegar por São Paulo hoje é praticamente um exercício de paciência, físico e mental, pois vários fatores contribuem para que um trabalhador chegue em seu trabalho estressado e retorne para casa com o cansaço somado ao estresse. Tudo isso tendo como fator determinante, o fato de que a grande maioria da população vai dos bairros para o centro para trabalhar, sendo que pouca gente trafega no contra-fluxo nestes horários.

Pois bem, por este motivo devemos analisar os seguintes fatores: As indústrias estão fugindo de São Paulo por causa dos incentivos fiscais oferecidos pelas cidades do interior e até de outros estados, pois elas podem se estabelecer longe da capital e continuar com seus negócios aqui, portanto, vamos parar de ver as coisas e passar a enxergá-las. A cidade precisa de empregos nos bairros para diminuir o fluxo de trabalhadores para o centro, e isso somente acontecerá na capital, com a abertura de comércios e serviços nos bairros mais longínquos. E que tal Itaquera? Um bairro próximo ao Metrô, inúmeras linhas de ônibus e estação de trem.

Que se parem de pensar futebolísticamente e se comece a pensar como cidadão de São Paulo. O dinheiro público não está sendo oferecido em forma de incentivos fiscais para que se construa o estádio de um time, está sendo para o desenvolvimento da região leste. Incentivos fiscais são dados também para indústrias. Então, que se comece a enxergar os benefícios que o estádio do Corinthians vai trazer a toda cidade desenvolvendo a zona leste para o comércio e serviços. Talvez a médio prazo, mas com certeza virão, e antes de melhorar, vai piorar. Os trabalhadores que passam por isso, ainda terão que ter um pouquinho de paciência.

domingo, 12 de fevereiro de 2012

Lembranças em contador de histórias

O filme "Contador de histórias", uma filmagem sobre a vida do mineiro Roberto Carlos Ramos, que relata fatos de sua infância difícil em meados dos anos 70 e 80, quando foi interno da FEBEM mineira e de onde fuigu mais de uma centena de vezes, é certamente uma volta ao meu passado e a minha infância descalça de brincadeiras de rua. No filme, recordei dos móveis que meus pais tinham em casa, a estante de cerejeira e até mesmo o gravador de fita cassete. Também lembrei das roupas horrorosamente coloridas, das calças de boca larga, das brincadeiras com pião, bola de gude, e enfim, de muitas coisas que hoje deixam saudade.

Na foto que faz parte do filme, a criança de Roberto Carlos Ramos é levada a praia, e que me fez recordar os tempos de Vila Caiçara, quando ainda haviam árvores da mata Atlântica na beira das praias do litoral sul de São Paulo. Hoje em dia só se encontra esse cenário em algumas dos litoral norte, mas que mesmo nesta situação não nos remete aos tempos de outrora, pois elas já tem os sinais da atualidade.

O filme é muito interessante, e nos mostra que podemos acreditar que com a atenção devida, pessoas podem mudar. Esses exemplos podem ser vistos também com o esforço de ONG's como Afroreggae e muitas outras realmente interessadas em melhorar indivíduos e recolocá-los dignamente na sociedade. Roberto Carlos Ramos, quando ex-interno, foi acolhido por uma pedagoga francesa que lhe deu atenção, carinho e educação. Hoje, formado em pedagogia, ele é um, entre os 10 melhores contadores de história do mundo. Vale a pena conferir.

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Encenação de arrepiar

Todos álcool da mesma cana

O título acima é apenas um trocadilho da frase "Todos farinha do mesmo saco" que indica que todos são iguais. Perante a nova lei seca nós somos. São assassinos de veículo armado, aqueles que enchem a cara durante festas e baladas, assim como o cidadão trabalhador que toma sua cervejinha ao chegar em casa, mas que por um imprevisto tenha que pegar seu carro e seja pego numa blitz da lei seca, ou seja, se você tomou uma ou vinte, vai preso!

A lei anterior estipulava uma pequena tolerância ao nível de álcool constatado no bafômetro, que ficava dentro de até duas cervejas, mas agora essa tolerância acabou, e seja você um alcólatra, um baladeiro beberrão, um bebedor social, um apreciador de fim de noite regado a um drink, você é álcool da mesma cana. O que as autoridades não entendem é que aquele que mata alcolizado ao volante, não está nem um pouco respeitando a lei. Para constatar essa afirmação, basta sentar num bar, choperia ou passar algumas horas na balada, que serão vistas as garrafinhas e copos na mão de pessoas que sairão com seus carros sem nenhuma preocupação.

É o cidadão comum que está preocupado com a blitz, porque se for levado para a delegacia, penará para arrumar um bom advogado e pagar sua fiança. O verdadeiro responsável pelo aumento dos acidentes causados por embriaguez, são aqueles com seus carrões possantes, com grana na conta corrente e que passam a noite bebendo, certos da impunidade porque terão como custear sua liberdade, ou então aqueles que certamente já são dependentes do álcool e não sabem.

Pessoas que estavam dentro da tolerância anterior, não causarão acidentes que não causariam mesmo que não tivessem bebido, pois apenas uma cerveja não causa efeito nenhum, mas as autoridades tem que mostrar algum serviço para a sociedade, e ao invés de punir os irresponsáveis, pune os responsáveis. Aos poucos estamos perdendo o direito de ir e vir por causa da dita cuja impunidade.

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Saiba viver

" Crie filhos em vez de herdeiros."
" Dinheiro só chama dinheiro, não chama para um cineminha, nem para tomar um sorvete."
" Não deixe que o trabalho sobre sua mesa tampe a vista da janela."
" Não é justo fazer declarações anuais ao Fisco e nenhuma para quem você ama."
" Para cada almoço de negócios, faça um jantar à luz de velas."
... " Por que as semanas demoram tanto e os anos passam tão rapidinho?"
" Quantas reuniões foram mesmo esta semana? Reúna os amigos."
" Trabalhe, trabalhe, trabalhe. Mas não se esqueça, vírgulas significam pausas..."
" ... e quem sabe assim você seja promovido a melhor ( amigo / pai / mãe / filho / filha / namorada / namorado / marido / esposa / irmão / irmã.. etc.) do mundo!"
" Você pode dar uma festa sem dinheiro. Mas não sem amigos."
E para terminar: "Não eduque seu filho para ser rico, eduque-o para ser feliz. Assim, ele saberá o valor das coisas e não o seu preço."

(autor desconhecido)